
Um desenho a lápis que vai se transformando, pouco a pouco, em uma tela colorida e enigmática foi a brincadeira que o diretor Paulo Henrique Fontenelle resolveu fazer para ilustrar a carreira do ex-mutante Arnaldo Batista, no filme Lóki.
Gênio, louco, menino, amante, mal-interpretado. Através de depoimentos de amigos, família e fãs, o documentário mostra diversas versões do músico - menos uma – e apresenta para uma nova geração o líder de uma das bandas mais influentes da música brasileira.
A construção da tela, pintada pelo próprio Arnaldo, aparece de forma linear. Paralela a ela, a história do músico é contada cronologicamente, como se obra e vida estivessem entrelaçadas. Imagens raras de arquivo levam o telespectador para conhecer o ainda menino, fundador do grupo The Thunders, seguido pelo adolescente apaixonado, o drogado, o rejeitado, o louco e vai até a volta dos Mutantes em 2006.
De todas as versões representadas, a que se sobressai é a de ídolo. Lobão, Sérgio Dias – irmão de Arnaldo, Tom Zé e Sean Lennon são alguns dos que fazem questão de destacar a genialidade do músico. Seus depoimentos ajudam a dar um tom quase mágico ao trabalho de Arnaldo.
Apesar disso, da riqueza de imagens e fatos, a ausência de Rita Lee, ex-companheira de banda e ex-esposa, deixa uma lacuna no primeiro longa metragem produzido pelo Canal Brasil, principalmente quando se trata de sua saída da banda. O filme mostra a versão de Arnaldo e dos outros companheiros de banda, mas a explicação oficial da cantora, apesar de muitíssimo esperada pelos fãs, continua nebulosa.
Outra questão polêmica que o filme aborda é o uso de drogas, característico da época em que a banda teve seu auge. O envolvimento do grupo com os alucinógenos é mostrado através de falas e sutilmente indicado na mudança de estilo que a banda passa. Mas sempre com uma aura poética.
Para quem conhece Mutantes só de ouvir falar, o filme é uma boa oportunidade para re-descobrir boas músicas brasileiras enigmáticas e clássicas. Não só a banda, pode-se descobrir também um movimento inteiro, já que “Lóki” transporta o telespectador para o nascimento da Tropicália e mostra toda a influencia que esse teve no Brasil e no mundo.
Nostálgico, pra quem já conhecia, e revelador, pra quem tinha que conhecer. Mais prudente, talvez, seja relativizar as várias vozes de Lóki, pensar que cada uma dessas versões de Arnaldo não se anulam e que todas elas possam ser reais. Tanto gênio como louco.
Confira o trailer:
Gênio, louco, menino, amante, mal-interpretado. Através de depoimentos de amigos, família e fãs, o documentário mostra diversas versões do músico - menos uma – e apresenta para uma nova geração o líder de uma das bandas mais influentes da música brasileira.
A construção da tela, pintada pelo próprio Arnaldo, aparece de forma linear. Paralela a ela, a história do músico é contada cronologicamente, como se obra e vida estivessem entrelaçadas. Imagens raras de arquivo levam o telespectador para conhecer o ainda menino, fundador do grupo The Thunders, seguido pelo adolescente apaixonado, o drogado, o rejeitado, o louco e vai até a volta dos Mutantes em 2006.
De todas as versões representadas, a que se sobressai é a de ídolo. Lobão, Sérgio Dias – irmão de Arnaldo, Tom Zé e Sean Lennon são alguns dos que fazem questão de destacar a genialidade do músico. Seus depoimentos ajudam a dar um tom quase mágico ao trabalho de Arnaldo.
Apesar disso, da riqueza de imagens e fatos, a ausência de Rita Lee, ex-companheira de banda e ex-esposa, deixa uma lacuna no primeiro longa metragem produzido pelo Canal Brasil, principalmente quando se trata de sua saída da banda. O filme mostra a versão de Arnaldo e dos outros companheiros de banda, mas a explicação oficial da cantora, apesar de muitíssimo esperada pelos fãs, continua nebulosa.
Outra questão polêmica que o filme aborda é o uso de drogas, característico da época em que a banda teve seu auge. O envolvimento do grupo com os alucinógenos é mostrado através de falas e sutilmente indicado na mudança de estilo que a banda passa. Mas sempre com uma aura poética.
Para quem conhece Mutantes só de ouvir falar, o filme é uma boa oportunidade para re-descobrir boas músicas brasileiras enigmáticas e clássicas. Não só a banda, pode-se descobrir também um movimento inteiro, já que “Lóki” transporta o telespectador para o nascimento da Tropicália e mostra toda a influencia que esse teve no Brasil e no mundo.
Nostálgico, pra quem já conhecia, e revelador, pra quem tinha que conhecer. Mais prudente, talvez, seja relativizar as várias vozes de Lóki, pensar que cada uma dessas versões de Arnaldo não se anulam e que todas elas possam ser reais. Tanto gênio como louco.
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