domingo, 28 de março de 2010

Quente!

Pra quem mora em países tropicais, o calor sempre foi um elemento constante, quase cultural. Atualmente a estória mudou. Quase qualquer habitante do planeta pode dizer que sofre, de alguma maneira, com o calor indesejado.

E hoje o calor também é pauta desse "photo-post". A seguir, compartilho algumas imagens que ilustram como o calor está em todos os lugares. Todas as fotografias foram feitas por mim e editados com Adobe Photoshop. As alterações foram básicas e referentes à temperatura da cor, contraste, etc.


Contra sol e contra chuva. O calor estava tão intenso nesse feriado que, além dos tradicionais vendedores de flores, os cemitérios estavam cercados de ambulantes com água e refrigerantes. Foto feita no dia de Finados de 2009. Canon EOS Digital / Rebel XT.


Quem não tem mar... Foto feita nas cascatas de Itaguara - MG, em março de 2010. Canon EOS Digital / Rebel XT.






Fonte. Foto feita em março de 2010. Canon EOS Digital / Rebel XT.
















Azul. Pescador voltando de um mergulho na baía de Salvador - BA. Foto feita em junho de 2009. Sony Ericsson W760.






Pescadores. Crianças brincando com os barcos de pescadores da Praia do Forte - BA. Foto feita em janeiro de 2010. Canon EOS Digital / Rebel XT.




Tampando o sol com a peneira. Região rural de Minas, entre Itaguara e Piracema. Foto feita em março de 2010. Canon EOS Digital / Rebel XT.





Refrescante. Foto feita em março de 2010. Canon EOS Digital / Rebel XT.






segunda-feira, 22 de março de 2010

Bombril - o jornalista mil e uma utilidades

Escrever, editar, apurar, diagramar, atualizar e por aí vai. O profissional que atua na produção de portais de notícia não tem a vida fácil, mas aparentemente, vale tudo a pena. Ao menos de acordo com o repórter Bruno Furtado, do site Superesportes do Portal Uai. Em uma tentativa de ilustrar o trabalho do webjornalista, recebemos hoje em sala o ex-aluno da PUC Minas que falou sobre sua tragetória, experiências e rotina de produção.

A partir dos relatos de Bruno (ou simplesmente de uma observação atenta) pode-se perceber que os veículos de comunicação de Minas Gerais tendem a agir de maneira provincial, regionalista. Além disso, o "novo" ainda é olhado com a desconfiança típica do mineiro. Isso tudo afeta o webjornalista pela infraestrutura precária e desatualizada, a falta de incentivo e/ou apoio e o aumento na quantidade de trabalho, devido às pequenas redações.

No caso do Superesportes, por exemplo, a equipe é formada por 3 repórteres e 2 estagiários. Um dos jornalistas se encarrega de Cruzeiro e o outro do Atlético Mineiro, os dois principais times de futebol na atualidade em Minas. O principal foco do portal é o futebol, mas a ausência de outros colaboradores também é responsável pelo baixo número de reportagens sobre esportes especializados. Sendo uma questão política ou não, o site poderia ser renomeado para "Superfutebol".

O ritmo de produção é outro diferencial do webjornalismo. De acordo com Bruno, em dias fracos a média de produção de cada repórter é de 6 matérias, chegando a 18 em dias movimentados.

Ainda para Bruno falta regulamentação para os profissionais da área, que, obrigatoriamente, compartilham de seus trabalho com outros veículos do mesmo grupo, sem, na maior parte dos casos, remuneração adicional.

Girl Power ?

É notável que o número de mulheres envolvidas com jornalismo esportivo no Brasil tem crescido. O próprio Bruno comprovou a demanda por mulheres para se trabalhar no site. Mas enquanto existirem explicações como "tem algumas mulheres que até entendem de futebol", essa "abertura" do mercado esportivo vai continuar soando como mero truque de markenting.

Igualdade de sexos não é qualificar a mulher por sua "sensibilidade feminina", mas pela capacidade que ela tem de realizar as mesmas tarefas que os homens, com a mesma competência, como cobrir uma partida de futebol.

Particularmente, prefiro os gramados às quadras e sou militante na luta por garantir que esse direito seja respeitado.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Lóki, louco e gênio


Um desenho a lápis que vai se transformando, pouco a pouco, em uma tela colorida e enigmática foi a brincadeira que o diretor Paulo Henrique Fontenelle resolveu fazer para ilustrar a carreira do ex-mutante Arnaldo Batista, no filme Lóki.

Gênio, louco, menino, amante, mal-interpretado. Através de depoimentos de amigos, família e fãs, o documentário mostra diversas versões do músico - menos uma – e apresenta para uma nova geração o líder de uma das bandas mais influentes da música brasileira.

A construção da tela, pintada pelo próprio Arnaldo, aparece de forma linear. Paralela a ela, a história do músico é contada cronologicamente, como se obra e vida estivessem entrelaçadas. Imagens raras de arquivo levam o telespectador para conhecer o ainda menino, fundador do grupo The Thunders, seguido pelo adolescente apaixonado, o drogado, o rejeitado, o louco e vai até a volta dos Mutantes em 2006.

De todas as versões representadas, a que se sobressai é a de ídolo. Lobão, Sérgio Dias – irmão de Arnaldo, Tom Zé e Sean Lennon são alguns dos que fazem questão de destacar a genialidade do músico. Seus depoimentos ajudam a dar um tom quase mágico ao trabalho de Arnaldo.

Apesar disso, da riqueza de imagens e fatos, a ausência de Rita Lee, ex-companheira de banda e ex-esposa, deixa uma lacuna no primeiro longa metragem produzido pelo Canal Brasil, principalmente quando se trata de sua saída da banda. O filme mostra a versão de Arnaldo e dos outros companheiros de banda, mas a explicação oficial da cantora, apesar de muitíssimo esperada pelos fãs, continua nebulosa.

Outra questão polêmica que o filme aborda é o uso de drogas, característico da época em que a banda teve seu auge. O envolvimento do grupo com os alucinógenos é mostrado através de falas e sutilmente indicado na mudança de estilo que a banda passa. Mas sempre com uma aura poética.

Para quem conhece Mutantes só de ouvir falar, o filme é uma boa oportunidade para re-descobrir boas músicas brasileiras enigmáticas e clássicas. Não só a banda, pode-se descobrir também um movimento inteiro, já que “Lóki” transporta o telespectador para o nascimento da Tropicália e mostra toda a influencia que esse teve no Brasil e no mundo.

Nostálgico, pra quem já conhecia, e revelador, pra quem tinha que conhecer. Mais prudente, talvez, seja relativizar as várias vozes de Lóki, pensar que cada uma dessas versões de Arnaldo não se anulam e que todas elas possam ser reais. Tanto gênio como louco.

Confira o trailer:

terça-feira, 16 de março de 2010

Duas Faixas

Como parte do meu projeto de conclusão de curso, meu grupo produziu um vídeo que namora um pouco com o documentário. O nome da produção é Duas Faixas e é um trabalho que tenta ilustrar, melhor, completar a discussão que fazemos em torno do tema ‘arte’ no nosso trabalho de conclusão de curso. A qualidade não está perfeita, mas dá pra assistir.




domingo, 14 de março de 2010

PUC Aberta 24 horas

Pra quem vai prestar vestibular e ainda está em dúvida sobre qual curso fazer ou em qual universidade estudar, aqui vai uma dica bacana sobre como aprender um pouco mais. No podcast a seguir você poderá conhecer a mais nova ferramenta de comunicação da PUC Minas, a PUC Aberta 24 horas.





terça-feira, 2 de março de 2010

O DeviantArt e os novos paradigmas da Web

Quando foi inventada era difícil imaginar que a Internet fosse ser algo a mais do que uma simples forma de se comunicar. Na década de 90 sua principal característica era a rápida troca de mensagens. Já no advento do novo milênio o ciberespaço se vê dominado pelas redes sociais e a comunicação no geral ganha um novo foco: o usuário.
A curiosa Web 2.0 é a base do site DeviantArt, uma comunidade artística internacional online cujo foco é a livre manifestação artística de seus usuários. O projeto experimental “As estratégias de exposição artística no meio virtual: Uma análise do site DeviantArt”, do qual sou uma das autoras, usa tal site como objeto para debater a posição da arte nessa nova maneira de se utilizar a rede. Novamente me aproveito dele para exemplificar algumas das modificações que a Web sofreu.

Mudança de foco

Seguindo essa temática, é possível ilustrar e visualizar a transição da web 1.0 para a 2.0 através do próprio exemplo da história da arte. A princípio, poucas obras eram consideradas artísticas e poucas pessoas eram consideradas artistas. Esses paradigmas foram sendo quebrados um a um a cada nascimento de uma nova era em tal universo. Assim foi com o Expressionismo, o Dadaísmo, a POP Art, etc. Cada um deles rompeu barreiras impostas anteriormente até chegarmos em Duchamp, onde um urinol pode ser chamado de fonte e ir parar dentro de um museu ou galeria, para ser admirado e, eventualmente, reformulado. O que se percebe com isso é que as restrições foram sendo quebradas e mais gente passou a “ditar” o que era o que no mundo da arte.

Mais gente

É na chamada primeira geração da Internet, ou Web 1.0, que as pessoas comuns ganham algum tipo de acesso à rede. No êxtase da novidade, o mundo parecia gigantesco e as oportunidades, infinitas. Com isso, apesar de oneroso, o uso da internet se tornou comum em empresas e na classe média alta. Nesse momento somente se navegava e usuários comuns não tinham a possibilidade de alterar ou produzir nada. Para alguns autores, por mais proveitosa que a Internet fosse nesse período, ela ainda não correspondia à sua “filosofia”, caracterizada pela proposta de ser aberta a todos.
Eis que surge então uma nova maneira de se pensar a Internet, onde o público comum pode, de fato, participar da produção de informação e interagir com esse novo habitat do homem moderno.
Esse próprio artigo acaba se tornando metalinguagem ao se utilizar de um produto interativo, como é o blog, para tentar explicar o que é a web 2.0. Eu, como usuária da net, também sou capaz de produzir conhecimento e informação, saindo da posição de mera espectadora para me tornar também produtora cultural ou agente social.
O DeviantArt, desde 2000, se utiliza dessa proposta interativa e permite que qualquer pessoa que se cadastre no domínio possa divulgar aquilo que ele acreditar ser arte. São mais de doze milhões de usuários e mais de cem milhões de trabalhos postados. Assim como o conceito de web 2.0, o principal foco do site está na participação e não mais na produção linear e unilateral de conhecimento.

E agora?

No filme Controle Absoluto, o mega computador ARIIA controla toda a rede e navega atrás de informações sobre a vida das pessoas. Ele sabe quais são seus itens mais pesquisados, os sites que você freqüenta, seu gosto musical, traçando assim um perfil de cada usuário. Resultado: ele consegue controlar e acabar com a vida de inúmeras pessoas para cumprir um plano de dar um golpe de estado nos EUA. Tirando fora toda a conspiração, a idéia que os especialistas têm para a nova geração da Internet, a Web 3.0, é essa, que a rede seja quase um assistente pessoal, guardando todo tipo de informação que tenha a ver com quem a navega.

Nas nuvens

Como se pensar em uma terceira geração não fosse o suficiente, os especialistas na WWW já falam em uma quarta geração, a Web 4.0, também conhecida como Cloud Computing. A expectativa é de que entre as décadas de 20 e 30 usuários já estejam utilizando dessa navegação nas nuvens. O conceito essencial é de computadores sem discos rígidos, conectados a um computador central que hospedaria todo tipo de programa e arquivos. Daí vem o nome Cloud Computing, sendo a nuvem todo esse conjunto de informação armazenado no ciberespaço.